01/11/2013

- 03




Pov´s Taylor Swift

Aquela mesma figura se aproximou um pouco, parecia alguém ali me olhando.

Fui saindo devagar da água, levando meus braços em meus seios nus para cobrir-los, mas meus olhos não saiam do meio da floresta, agora quieta demais. Eu podia ouvir uma pequena onda de nervosismo em forma de respiração, coloquei a blusa rapidamente e foi quando a pessoa vacilou e deixou seu rosto transparecer por um raio de sol, onde vi seu rosto perfeitamente lindo, ele era moreno de olhos negros e queixo bem marcado.

- Quem quer que seja, eu posso te ver. - Gritei dando alguns passos para frente.

Fui andando até chegar a ponta da pedra, eu estava cerca de 100 metros dele, podia ouvir claramente seus lábios formarem um sorriso de satisfação, franzi a testa um pouco temerosa, ouvi um barulho agudo vindo do meu lado esquerdo, onde meu reflexo  entrou em ação, vi uma flecha vindo em minha direção, pulei novamente para a água conseguindo me desviar daquele objeto ponte agudo. Olhei mais uma vez para o lugar onde aquele homem estava e não o encontrei, enquanto meus olhos procuravam freneticamente aquele corpo de tirar meu fôlego senti uma pontada no meu pé me fazendo ser imersa na água, como se alguma coisa, ou alguém, tivesse me puxando para baixo e foi aí que tudo apagou, mas me lembro de ter visto uma mão em forma de raios solares. Isso é possível?

Pov´s Justin

As coisas aqui em casa são bem complicadas, pois desde que minha mãe se separou do meu pai ela se isolou para tudo e caiu em depressão profunda até que veio a morrer, me senti culpado pela morte dela e desde então "moro" com meu pai, mas tem um pequeno detalhe meu pai é Ares, um deus.

Por este fato meu pai sempre foi um pouco ausente por ter que "proteger" ou "lutar" ou qualquer coisa assim, então fico a maior parte do tempo sozinho. De certo modo não o culpo, ele até tenta ser um bom pai.

Ficar em casa e preparar tudo para o Halloween me parecia uma alternativa perfeita, e meu pai estava protegendo seus outros filhos e não voltaria hoje, o que é ótimo pois ele não gosta de coisas assim do mundo humano. Desci para comprar algumas decorações e doces, logo logo crianças estariam na porta da minha casa pedindo doces. As nuvens estavam por toda a extremidade azul do céu e dava para notar aquele cheiro de grama seca, gritando por água a séculos, fechei a porta atrás de mim, desci os três degraus a minha frente seguindo em direção a onde tinha certeza que ninguém iria e como estou com pressa não tô muito afim de enfrentar fila.

Cheguei na porta da pequena loja, bisbilhotei pela janela, e percebi que havia uma mulher lá dentro então decidi bater na portar de vidro, para chamar sua atenção, ela ficou paralisada olhando para mim como seu eu fosse fazer algo com ela.

A mesma largou de lado os papeis coloridos e veio até mim.

- Boa tarde!  - ela falou sem se preocupar com seu tom de voz - me desculpe a bagunça - desta vez sua voz me pareceu um tanto embaraçada e era notável sua expressão confusa.

- Não tem problema - ri - Quer ajuda? - perguntei arqueando uma sobrancelha

- Não eu dispenso, obrigada - ela recuou

- Eu encisto - dei um passo em sua direção, ficando mais perto do que eu pretendia, mas não me importava com aquela distância.

- Olha, estou apenas trabalhando, portanto o que você quer? - ela falou fria, mas tinha algo ainda assim em seu modo de falar, seus olhos, que me prendiam como se eu fosse seu prisioneiro.

- Bom, eu queria decorações para o Halloween, pode me ajudar com isso?

- Vou ver o que tenho. - ela virou as costas e vasculhou em alguma caixa derrubada, não demorou muito ela logo voltou com algumas aranhas, bonecos de fantasmas e outras coisas. - Espero que lhe sirvam - ela deu de ombros. Até que para uma atendente ela era muito tirada, mas eu estava adorando isso.

- Vou ficar com todos. - sorri passando a mão na parte de trás da minha calça.

- Ok. - ela me encarou - deu $30,00 dólares.

- Obrigada pela atenção - falei sarcástico.

- Volte sempre que quiser mais atenção - ela não deixava uma lhe escapar.

- Pode deixar que eu volto, mas será um outro tipo de atenção - falei mordendo os lábios e olhando seu corpo.

- Que pena, aqui você não vai encontrar nada, porque não tá escrito puteiro - ela falou esticando os lábios e morrendo de raiva por dentro, dava para sentir sua pulsação acelerada.

- Você é sempre assim? Ou só está de TPM? - provoquei.

- Dependendo do cliente, sou sempre assim - ela me deu um sorriso ingênuo.

Ergui a sobrancelha e soltei uma risada bufada, virei-me e saí sem ao menos olhar para trás. Que mulher encantadora!


Continua..
Espero que estejam gostando hehe!
bjoookas até o próximo e comentem bastante ;)

29/09/2013

- 02




Pov´s Selena 

Eu nunca entendi bem o que tinha acontecido com minha mãe. Bom, papai me falou que ela tinha morrido em um acidente de carro, mas não era bem disso que eu me lembrava.

Apertei mais forte a minha correntinha, que era da minha mãe. Sorri ao me lembrar do seu rosto vagamente, afinal tem 14 anos que eu não a vejo.

- Bom dia princesa – meu pai abriu a porta de vagar. – Porque esse rostinho triste?

- Nada não - forcei um sorriso

- Até parece que eu não te conheço. – ele revirou os olhos.

Suspirei – Eu estava me lembrando da mamãe.

- E o que se lembra dela?

- Do rosto dela, mesmo que a última recordação era de um rosto triste, e eu ainda me lembro de como seu cabelo parecia dançar com o vento.

- Sua mãe era uma mulher maravilhosa e incrível.

- Eu sei – sorri

- Mas agora está na hora de você ir.

- Tá – me aproximei dele, dando um beijo estalado em sua bochecha.

- Eu te amo minha princesinha.

Sorri – pai não sou tão pequena como antes, tenho 21 anos já.

- Mas sempre será minha menininha – ele piscou para mim.

Eu pisque de volta e saí passando pela cozinha indo direto para o lado externo da casa. O dia estava lindo, com todas as flores exalando seu perfume, uma brisa suave, eu podia ouvir de longe um beija-flor brincando com uma flor. Dei alguns passos em direção ao meu trabalho, a loja de lembrancinhas do meu pai, eu ficava lá a maior parte do tempo. Poucas pessoas entravam lá, preferiam comprar coisas mais elaboradas e tecnológicas à algo feito por pessoas normais.

Eu andava de vagar mas fui atropelada por uma bicicleta, conduzida por uma menina morena de olhos escuros, mais ou menos da minha altura, e tinha sardas. Ela capotou em cima de mim, eu ralei um pouco o cotovelo mas não foi nada demais.

- Nossa pelo o amor dos deuses! – ela falou – Me desculpe!?

- Tudo bem, não foi nada. – respondi sorrindo sem graça, diante sua reação espontânea.

- Nossa tá sangrando – Ela se tocou de alguma coisa – Espere eu posso ajudar.

- Não tem necessidade – eu olhei meu cotovelo que sangrava um pouco ainda – não foi nada demais.

- Vou chamar meu irmão, ele sabe como dar um jeito nisso. Afinal ele é mais experiente que eu.

Ela tirou o celular do bolso discando freneticamente os números.

- Percy preciso de você agora.

Ela logo desligou o telefone me olhando fixamente.

- Logo ele chegará. – ela esbouçou um sorriso em seu rosto lindo.

- Sério mesmo, não precisa, e eu tenho que ir trabalhar.

- Eu insisto, por favor.

- Tudo bem. – Estiquei os lábios

- Ah! Nem me apresentei que falta de educação – ela revirou os olhos. – Eu sou Demetria, e você?

- Meu nome é Selena, prazer Demetria – sorri esticando a mão para ela.

- O prazer é meu, mesmo que a gente tenha se conhecido desse jeito. – ela me abraçou.

- O que aconteceu Demetria? – Um menino muito bonito, um pouco mais alto, de olhos grandes e azuis, e
seus lábios finos mas porém beijáveis.

- Olhe o que eu fiz sem querer – ela pegou meu braço, onde tinha os arranhões.

- E o que você quer que eu faça?

- Que a cure esse arranhão. Você sempre faz isso com você e comigo.

- Demetria, eu não tenho o poder de curar as pessoas.

- Claro que pode. Você faz isso comigo.

- Faço porque é minha irmã e você tem o mesmo sangue.

- Bom, Demetria eu tenho que ir.  – franzi o cenho me sentindo deslocada no meio dos dois irmãos.

- Não Selena, ele vai te curar, certo Percy? – sua voz tinha passado de doce para autoritária.

- Não dá Demetria! – ele alterou o tom de voz – Afinal nem sabemos se ela é uma de nós.

- No mesmo instante começou uma chuva, nossa só eu mesmo, Saí de casa com o humor lá em cima e logo depois fui atropelada por uma bicicleta, agora estava sendo obrigada a ouvir uma discussão de dois irmãos bem na miha frente e como se não bastasse estava chovendo.

- Nossa tá vendo Demetria o que você fez? Deixou nosso pai com raiva.

- Claro que foi eu né? Até onde eu sei você que não quis tirar os arranhões dela.

- Eu vou embora, que agora tá chovendo e eu tenho que trabalhar.

Saí sem me permitir ouvir o que Demetria falaria para eu não ir embora. Suspirei depois que consegui me distanciar do menino de olhos bonito e boca beijável e da menina de grandes olhos escuros com uma boa intenção.


Segui em frente, a poucos metros se via a pequena loja. Me aproximei abrindo as portas e para minha surpresa parecia que tinha passado um furação por ali, mas quem faria isso? Eu não deixei nada aberto na noite anterior. Fiquei um pouco irritada por que sobraria para mim, comecei a arrumar tudo mas fui interrompida por uma batida forte na porta, ainda fechada.


Continua...
E aí?? O que acharam?
Bjokas meus amores